Sunday, March 02, 2008

O ser vai além do que se vê.

Boa Noite.

Eu penso, ás vezes, nas diversas energias que nos fazem da maneira como somos, tão diferentes nas nossas escolhas, mas tão similares na maneira como existimos uns com os outros. A força matriz, a natureza, da qual fazemos parte e tentamos nos convencer de que podemos nos libertar, caminha de forma linear, sem interrupções, produzindo as energias que sempre produziu, sendo agredida, é fato, mas se movimentando como sempre se movimentou: Fotossintetizando, esquentando e esfriando, se acalmando e se agitando. Acho que essa relação energética da natureza com o mundo produz, a todo momento, a nossa personalidade, o nosso modo de ver o mundo e interagir com ele. Conheci muita gente que questiona a importância de ciências como a astrologia. Eu acho simplesmente fantástico, posso estar falando besteira aqui, e me corrijam caso seja besteira mesmo, mas eu acredito que essas ciências estudam a relação da natureza e das energias dentro da atmosfera do tempo, e como isso modifica a maneira como nós vemos o mundo, as proteções que criamos, as dores que sentimos, as nossas pequenas fugas diárias, enfim, aquilo que nós escondemos dos outros e também aquilo que escondemos de nós mesmos.
O tempo não para, todas as energias se movimentam simultaneamente no espaço, existem meteoritos sendo destruídos, ar sendo condensado, planetas surgindo e acabando, os astros se atraindo e se repelindo, tudo acontecendo no segundo em que você, saindo de dentro da sua mãe, sente seu primeiro frio, sua primeira lufada de ar, sua primeira percepção do mundo, da luz, das cores, sua primeira visão! Esse momento constrói você de forma muito intensa, da forma mais intensa possível. É como aprender a ler, você percebe um lado da sua percepção que inexistia, e a partir daí você faz construções importantes sobre você mesmo, aprende-se a expor o que se é. O ser humano é constituído de suas percepções e dos seus conceitos construídos durante a vida, não as opiniões superficiais, mas as reações a tudo que se passa a cada momento.
Daí é que vem as maneiras como nos identificamos com aquilo que nos atinge a face durante a caminhada da vida, aquilo que nos incomoda e aquilo que nos agrada. A natureza continua se reproduzindo e se entrecruzando, e nós vamos repetindo-a. Enquanto esse movimento natural continuar existindo, a energia que nos rodeia vai continuar influenciando a maneira como os nossos olhos vêem as coisas, não só no momento em que nascemos, mas durante toda a vida.

Eu tenho uma amiga que parece um gato. Imagino o furacão que não devia estar o mundo quando ela nasceu.

Boa Noite!

Quanticum.