Sunday, May 11, 2008

Realizar o impossível.

Boa Noite.

São 2:35 da madrugada. Eu não tenho sono nenhum, e como tem bastante tempo que eu não escrevo nada aqui, resolvi vir dar uma espanada nas teias de aranha. Me descobri um criador notívago, as minhas idéias fluem mais á noite.

Nos últimos dias minha cabeça não tem funcionado direito, e me deixado na mão, com um monte de coisas pra dizer e um papel que insistia em permanecer em branco. É como se as idéias não estivessem querendo sair de dentro de mim ainda, como se ainda houvesse alguma coisa que eu preciso viver para que elas pulem pra fora, como sempre fazem. Talvez seja um processo de aprendizado interior, talvez seja só o mundo que resolveu ficar mais sem-graça essa semana, ou talvez quem sabe eu não queira mesmo escrever coisa alguma, e não to conseguindo me convencer disso, por causa do que eu chamaria de "congestão informacional interna". Não acho que ninguém fique muito feliz quando sofre disso.
Vou tentar explicar uma coisa que acontece muito frequentemente comigo. Ás vezes, na vida, as coisas acontecem de forma meio mágica, como se você já fosse prever que determinada coisa acontecesse, mesmo sem saber das chances ou das consequências. São simplesmente pequenos lampejos inconscientes que existem e que chegam ao limiar entre a consciência e a inconsciência, que é exatamente o momento onde nós a captamos, se formos capazes de fazê-lo, percebendo sensivelmente o espaço, as vibrações e as pessoas ao nosso redor. Eu acredito que isso seja fruto das informações que absorvemos e que não alcançaram a esfera consciente, ficando apenas guardadas na subjetividade dos sentidos. O nosso cérebro percebe todas as mudanças de frequência que recebemos, desde as mais perceptíveis (uma imagem, um som) até coisas das quais não nos damos conta (olhares, pensamentos, vibrações) mas que estão, também no ar, de diversas formas diferentes e causando diversas reaçoes.
Então, quando acontecem fatos que nos impressionam, nos assustam ou até mesmo nos confirmam os nossos sentimentos, significa que estamos simplesmente pensando. Rotineiramente, repetidamente e seguidamente. A questão é que a capacidade sensitiva humana ainda não permite que ele se conheça a esse ponto, a não ser que a "exercite" da forma como achar melhor. A estagnação que o sistema organizacional da sociedade implantou às pessoas parece ter eliminado a evolução do auto-conhecimento e da reflexão, e pior do que isso, a vontade de absorver conhecimento. A expansão da mente é a única maneira de percepção daquilo que ainda não conseguimos perceber conscientemente. Tocar, olhar, cheirar ou escutar um objeto não significa compreendê-lo totalmente, nem perceber a sua vibração no ambiente. A própria noção de que os sentidos limitam a percepção já coloca a mente fora da pragmatização daquilo que pensamos e sentimos, e leva a uma visão panorâmica do todo.
O homem deve, em sua escolha natural pelo conhecimento, sempre retornar á sua matriz e refletir sobre como tem entrado em contato com os seus sentidos e com os sentimentos que o rodeiam, do contrário será apenas uma pequena engrenagem do sistema, necessária, porém descartável. É fato que há vibrações que não percebemos, e que nos modificam como qualquer outra vibração que nos chegue aos sentidos. Somos seres em constante movimentação e recriação, e na minha opinião é inegável que a informação deve ser absorvida cada vez mais intensamente, aumentado a perceptibilidade e a capacidade de compreender o mundo a que estamos expostos. O conceito de inatingibilidade é limitado à esfera de compreensão humana, que eu percebo não ser completa, de forma alguma. Talvez, se for possível perceber mais, seja possível realizar o impossível.

(Tudo o que eu digo aqui é a minha opinião. Não há certeza alguma nas minhas palavras, a não ser o que eu considero, no momento presente, conceitos plausíveis. Isso não quer dizer que qualquer um tenha de concordar com isso.)

Boa Noite.

Quanticum.